Como cobrar por um projeto de arquitetura e garantir rentabilidade?

24/10/2019 Móveis planejados

Muitos profissionais de diferentes áreas têm muitas dúvidas sobre como precificar e cobrar seus serviços da forma adequada.

E esse é um problema grave pois, quando feito de maneira errada, um cálculo equivocado pode trazer consequências ruins para o profissional e seu negócio, gerando acúmulo trabalho, prejuízos financeiros e, consequentemente, reduzindo sua lucratividade.

Para que isso não aconteça, existe uma série de dicas que podem ajudar o arquiteto empreendedor a definir melhor como cobrar por um projeto de arquitetura e, assim, manter-se valorizado e atualizado no mercado de trabalho.

 

Como determinar o valor de um projeto de arquitetura

Para que um negócio seja bem-sucedido no ramo da Arquitetura, é fundamental ter um bom controle financeiro. Para isso, cabe ao profissional conhecer os custos que envolvem a produção de cada projeto para, a partir deles, ter uma noção melhor do valor que deve ser cobrado de cada cliente.

Alguns custos são básicos e não podem ficar de fora. São eles:

Custos diretos

São as despesas envolvidas com a produção do projeto e inerentes ao processo de criação. Aqui, entram fatores como as horas trabalhadas dos diferentes profissionais (arquitetos, designers, desenhistas, entre outros), preço dos materiais utilizados, uso de veículos para deslocamentos, consultorias, viagens, entre outros.

Custos indiretos

Trata-se dos gastos necessários para a manutenção da estrutura do negócio, que será utilizada para realização das diferentes etapas do projeto. Basicamente, são os recursos consumidos para que o trabalho seja feito: água, luz, aluguel, telefone, internet, etc.

Valor profissional

O cálculo dos custos diretos e indiretos é uma referência importante para que o arquiteto não saia no prejuízo. Porém, além disso, é necessário que o profissional estipule uma margem de lucro, que nada mais é que uma valor que servirá como remuneração pelo seu trabalho.

Aqui, entram aspectos mais subjetivos como capacidade intelectual, experiência profissional, nicho em que atua e os riscos envolvidos na sua própria iniciativa empreendedora.

Com base nesses valores, o profissional pode, então, calcular o preço do projeto. Para isso, existem algumas formas de cobrança que podem ser adotadas. As principais são:

Percentual

Esta forma de cobrança consiste em determinar um valor sobre o custo total estimado da obra. Essa quantia costuma ser proporcional ao grau de dificuldade do projeto, ao mesmo tempo que pode diminuir de acordo com porte da obra.

Hora trabalhada

O valor de um projeto de arquitetura também pode ser determinado de acordo com a horas gastas pelo profissional para sua elaboração. Para isso, é preciso considerar fatores como o número de horas trabalhadas e o custo da hora média.

Para realizar esse tipo de cálculo com precisão e determinar valores alinhados ao mercado, é preciso bastante experiência e um bom histórico de trabalhos realizados que possa servir de referência para contratos futuros.

Metro quadrado

Trata-se da forma de cobrança mais utilizada no mercado atualmente. Aqui, o valor do projeto é calculado com base na área total construída, considerando aspectos como porte e tipo da obra.

Tabelas

As principais entidades da classe contam com tabelas de referência para o cálculo de honorários profissionais. São elas: Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (ASBEA), Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU) e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).

Fases de projeto de arquitetura e como é feita a cobrança

De acordo com as entidades do setor, a prática de mercado mais comum no ramo da Arquitetura é a cobrança de um sinal – ou entrada – no ato da contratação que corresponde a 20% do valor. O restante é, geralmente, parcelado conforme a entrega de cada etapa do projeto:

1. Estudo Preliminar: trata-se da configuração inicial proposta para a obra. Aqui, a sugestão é a cobrança de 30% do valor restante.

2. Anteprojeto: consiste na configuração final proposta para a obra. Nesta etapa, também é feito o projeto de aprovação, em que são apresentadas as normas técnicas de apresentação e representação gráfica junto aos órgãos públicos, como Prefeitura e Corpo de Bombeiros. Ao final desta etapa, sugere-se cobrar outros 20%.

3. Projeto executivo: são todos os documentos técnicos necessários para a execução da obra, com a configuração que foi detalhada na etapa anterior. Quando concluído, deve-se cobrar os 50% restantes.

Por fim, vale o toque: os valores necessários para a execução serviço que não estiverem inclusos na proposta de orçamento passada para o cliente deverão ser pagos pelo arquiteto autônomo ou, se for o caso, pelo escritório. Nesse sentido, é importante calcular os tipos de custo com muito cuidado, evitando erros que possam reduzir a rentabilidade ou até mesmo gerar prejuízos. Fique atento!

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